quarta-feira, 21 de setembro de 2011

QUEM? OS BINGO HAND JOBS?

A palavra do "Senhor" espalha-se rapidamente pelo West End Londrino: A igreja do Reverendo Bingo acolitado pelos "meninos de coro": Raoul, The Doc e Stinky, vão reunir-se  num  antro tex mex a que alguns "iniciados" chamam de Borderline.

Duzentas libras ao câmbio de 1991, era o preço para "a salvação". Afinal "Deus" tem os seus métodos tão caros como estranhos. A penitência incluía a escuta obrigatória de uma versão de Tom's Diner, de Suzanne Vega, interpretada pela banda do Reverendo que nessa noite de 14 de Março de 1991, pisava o mesmo altar de Buddy Guy, Albert Collins, Rory Gallagher ou Pere Ubu...

Os Bingo Hand Jobs não se tornaram sequer numa lenda morta, quanto mais viva, porque não passaram dessa noite, fechando a sacristia tão rapidamente como a partilharam com os fiéis. Dizimo? Não, apenas uma (grande) nota de rodapé e a sacrossanta  raridade do momento pop que o NME define como uma das grandes peregrinações de música e fé, jamais vividos em Londres.


Uns  dias antes estavam mesmo "Out of Time", iniciando uma  incrível transformação: a de maior banda de garagem, pub/bar ou auditório da Faculdade de Letras de Athens, Georgia. Num fenómeno pop que, no seu  longo arco de vida, se desenhou em absoluto paralelo com o início do fim da indústria do disco, tal como a conhecíamos. Nessa noite, os R.E.M. despediam-se de si próprios para nunca mais se re.encontrarem. E, como disse o único Antonio Oliveira, logo após uma inesquecível noite europeia, celebrando três golos, três FootJobs de estalo, contra o Dinamo de Zagreb: "Quem não viu, tivesse visto...".

http://photos1.blogger.com/blogger/4894/447/1600/bingo.jpg


http://www.songkick.com/concerts/661530-rem-at-borderline

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